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Alerta para ameaça de desabastecimento de insumos para testes de Covid-19


A importância da testagem de toda a população para controle epidemiológico e manejo de pacientes em uma pandemiaé reconhecida por todos os profissionais de saúde e até mesmo por pacientes. Todavia a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) alerta que, assim como em outras partes do mundo, a alta demanda de exames laboratoriais para o diagnóstico da Covid-19 trouxe ao setor de medicina diagnóstica brasileiro a preocupação com a falta de insumos necessários para a realização desses exames. A alta transmissibilidade da nova variante Ômicron causou aumento exponencial de casos, o que vem demandandosignificativo aumento da capacidade produtiva global de testes, tanto de PCR como de antígeno, e se os estoques não forem recompostos rapidamente poderá ocorrer a falta de oferta de exames. "Quando avaliamos as notícias que vêm de outros países, de que eles já estão sem insumos, é certo que o problemachegará ao Brasil", explica o presidente do Conselho de Administração da Abramed, Wilson Shcolnik. "Não é possível mensurar nesse momento até quando poderemos atender, pois os estoques são variados dependendo do laboratório e daregião, mas há um risco real de desabastecimento", alerta o executivo. A entidade prepara uma nota técnica para seus associados recomendando a priorização de pacientes para efetuarem os testes, segundo uma escala de gravidade: "O ideal seria seguirmos testando todo mundo que se expôs de alguma forma, porém, com o cenário que vislumbramos a curto prazo, recomendamos fortemente que sejam submetidos atestes apenas os pacientes que tenham maior gravidade de sintomas, pacientes hospitalizados e cirúrgicos, pessoas nogrupo de risco, trabalhadores assistenciais da


área da saúde, e colaboradores de serviços essenciais, cessando a testagem de contactantes, assintomáticos e pessoas com sintomas leves, que devem permanecer em isolamento até que o cenário seja normalizado, deixando apossibilidade de teste para os pacientes mais críticos", reitera Shcolnik.




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