
Em estudo publicado na revista Advanced Science, pesquisadores da University College London (UCL) compartilharam uma nova técnica que usa partículas magnéticas para ativar células cerebrais remotamente, com a intenção de ajudar no futuro desenvolvimento de tratamentos para distúrbios neurológicos.
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Nessa técnica, as partículas magnéticas são anexadas a astrócitos — células do sistema nervoso central posicionadas entre os vasos sanguíneos do cérebro e as células nervosas, fornecendo suporte aos neurônios. A ideia dos pesquisadores é explorar a invenção para estudar a função dessas células em busca de terapias eficazes para a epilepsia e para o acidente vascular cerebral (AVC).
Os autores do artigo ressaltam que o método acontece sem que seja necessário introduzir nenhum dispositivo ou gene estranho no cérebro. Para que o experimento — que foi realizado em roedores — desse certo, a equipe revestiu as partículas magnéticas com um anticorpo que facilita a ligação aos astrócitos. As partículas foram então injetadas no cérebro do roedor.
Um diferencial dessa nova tecnologia é que as partículas brilham durante uma ressonância magnética, assim a equipe médica pode rastrear sua localização e atingir partes muito específicas do cérebro para obter um controle preciso da função cerebral.
"As partículas aproveitam a notável sensibilidade ao toque de certas células cerebrais, portanto, não é necessária modificação genética nem implantação de dispositivos, o que torna [a técnica] uma candidata promissora como terapia alternativa e menos invasiva em comparação com as técnicas de estimulação cerebral profunda atuais, que contam com a inserção de eletrodos no cérebro", concluem os envolvidos no estudo.
Fonte: Advanced Science e https://canaltech.com.br/saude/cientistas-usam-particulas-magneticas-para-controlar-celulas-cerebrais-210068/
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