Há mais de 150 tipos de dores de cabeça e muitas podem ser confundidas com outras doenças

Segundo os especialistas, existem mais de 150 tipos de dores de cabeça, chamadas tecnicamente de cefaleias. Por isso, apesar de todas elas provocarem muito incômodo ao paciente, é importante ficar atento aos sintomas para descobrir qual é o gênero que está afligindo-o e, assim, descrevê-lo da melhor forma ao médico, o que permite que ele seja combatido da forma mais eficaz. De acordo com o professor de Neurologia da Universidade de São Paulo (USP), José Geraldo Speciali, há duas dores de cabeça que podem ser confundidas, são elas: cefaleia tensional e enxaqueca, mas, se ficarmos atentos aos detalhes, elas são bem diferentes.
"A primeira é um dos tipos mais comuns e costuma ser provocada por estresse, ansiedade e depressão, tendendo a ser difusa, com intensidade de leve a moderada e não impede a pessoa de desempenhar suas atividades do cotidiano" explica Dr. Speciali. Ela costuma ser associada a desconforto na nuca, nos ombros e nas costas, resultado da contração muscular característica de quem apresenta esse tipo de quadro. Já a enxaqueca, conhecida também como migrânea, é crônica, normalmente tem um fator genético e é ativada por gatilhos, como preocupações excessivas, alterações hormonais, jejum, noites mal dormidas e fatores alimentares como excesso de cafeína, gordura ou sódio. Ela provoca uma dor bem mais forte, que muitas vezes obriga o indivíduo a fazer repouso, além de náuseas, formigamento ou dormência em algumas partes do corpo, sensibilidade a cheiros e a luz e sintomas visuais, como pontos luminosos ou linhas em ziguezague que antecedem ou acompanham as crises.
Apesar de bem diferentes, nos dois casos o uso de analgésicos não resolve e, se for feito em excesso, pode mascarar o problema e levar ao efeito rebote, que acontece quando o organismo se acostuma com a droga e por isso ela não tem mais a mesma eficácia. Quando se trata da enxaqueca, eles apenas aliviam a intensidade e a duração do desconforto, sem tratar a doença em si. O tratamento deve ser feito com remédios próprios e alterações no estilo de vida, como a prática de atividades físicas, mais horas de sono e mudanças na alimentação, que incluem evitar o jejum e abrir mão dos fatores que dão início às crises, o que pode ser percebido diante de uma análise cuidadosa do pacientes.
Na cefaleia tensional esse tipo de medicamento também só alivia o desconforto. Para acabar com o martírio de fato, é preciso encontrar a causa para tanta tensão e combatê-la. Para isso, a malhação e a melhora do sono também podem entrar em cena, assim como meditação, terapia e massagens. Nesse caso, uma consulta com o dentista também é bem-vinda, " a dor pode ser resultado do bruxismo de vigília, que acontece quando a pessoa range ou aperta os dentes involuntariamente durante o dia" explica Dr. Alain Haggiag, cirurgião dentista e diretor clínico da LIVA. Nesse caso, tratamentos específicos, como o uso de aparelhos que combatem esses movimentos da boca, são os mais indicados.
SOBRE A LIVA
LIVA é uma start up brasileira na área da saúde, que propõe uma solução simples e inovadora para ajudar pessoas a controlarem a dor de cabeça ligada ao bruxismo de vigília. É o alinhamento perfeito entre tecnologia e o fator humano, que vislumbra a recuperação da qualidade de vida do paciente, através da conscientização e reeducação somática de forma não medicamentosa, não invasiva e totalmente reversível. O Dispositivo Interoclusal de Vígília (DIVA®), criado pelo Dr. Alain Haggaig após 15 anos de pesquisa, ajuda nesta tarefa "reeducadora" baseada nos conceitos do biofeedback. O DIVA é uma mini placa personalizada presa nos dentes posteriores. Sua função é monitorar em tempo real os apertamentos dentários, ajudando o paciente a tomar consciência e reverter o tensionamento mandibular e a hiperatividade muscular decorrente deste habito tão prejudicial.
Fonte – Terra
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