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Dr. Marcel Simis explica estudo de potencial exame de sangue para detecção de Alzheimer

O Prof. Dr. Marcel Simis, diretor da APAN, comenta que o diagnóstico do Alzheimer nem sempre é fácil de ser feito.


A partir da suspeita clínica, que acontece dependendo dos sintomas do paciente, o médico neurologista pede exames para auxiliar no diagnóstico e também para afastar a possibilidade de outras doenças, que podem ser, por exemplo, um processo infeccioso no cérebro que causa um quadro parecido com o Alzheimer, ou um déficit de vitamina que gerou os sintomas. São necessários diagnósticos diferenciais.


Os exames que auxiliam no diagnóstico hoje são a ressonância magnética, que dependendo do padrão de imagem pode dizer que é um provável Alzheimer ou não. Existe também o exame de líquor, que é mais invasivo com a retirada do líquido da coluna, e tem um custo mais elevado.


Dentro desse contexto limitado, o fato de poder existir um exame de sangue para identificar o Alzheimer será muito positivo. O estudo ainda é preliminar, mas esse exame pode ter um potencial de identificar a presença do marcador biológico da proteína ácida fibrilar glial (GFAP) no sangue do paciente e auxiliar na precisão do diagnóstico do Alzheimer.


O que diz a reportagem:


Alzheimer: exame de sangue poderá detectar doença com antecedência, diz estudo


O Alzheimer, que é predominantemente hereditário (ADAD, na sigla em inglês), é caracterizado pela presença de mutações em um gene específico. Seus sintomas se desenvolvem significativamente mais cedo em comparação com outras formas da doença, que são geralmente associadas a idosos.


De acordo com o estudo, casos de início precoce da doença estão associados ao aumento dos níveis de um biomarcador no plasma sanguíneo, a proteína ácida fibrilar glial (GFAP). A pesquisa indica que um exame de sangue poderia identificar e antecipar o tratamento do paciente.


O estudo

Para o estudo, foram acompanhados 33 portadores de mutações genéticas em risco de ADAD entre de 1994 a 2018. Eles observaram a presença de três potenciais biomarcadores da doença: tau fosforilada no plasma (P-tau181), cadeia leve de neurofilamento (NfL) e proteína ácida fibrilar glial (GFAP). Este último foi o que mais chamou a atenção dos cientistas.


Aproximadamente dez anos antes de eles apresentarem os primeiros sintomas da doença e muito antes do P-tau181 ou NfL, foram observadas alterações no GFAP no plasma sanguíneo dos pacientes.


A neurobióloga Charlotte Johansson, principal autora do estudo, afirmou que “nossos resultados sugerem que o GFAP, um biomarcador presumido para células imunes ativadas no cérebro, reflete mudanças no cérebro devido à doença de Alzheimer que ocorrem antes do acúmulo de proteína tau e dano neuronal mensurável”.


Estudos com um volume maior de participantes precisam ser feitos para comprovar a relação entre a presença do biomarcador e o risco de desenvolvimento da doença, diz o grupo de pesquisa.





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