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II Congresso Brasileiro de Neurogenética 2020: inscrições abertas

apansp


De 26 a 28 de março de 2020, São Paulo receberá o II Congresso Brasileiro de Neurogenética. O palco será o Centro de Convenções Rebouças e a programação tratará das principais questões e avanços desse campo de atuação.


Dividida em módulos, dará destaque para os temas como genética de populações, novidades no tratamento de doenças neurogenéticas, demências hereditárias, distúrbios do sono e genética, epilepsia mioclônica juvenil, síndromes epilépticas na infância, sequenciamento de exoma, sequenciamento do genoma princípios de Neurogenética e neurociência, raciocínio e enfermidades em Neurogenética, semiologia em genética, neuropatias hereditárias e doenças mitocôndrias, entre outros.


Com apoio da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o Congresso já tem a grade científica avançada. Ela pode ser acessada em congressoneurogenetica.com.br/txt/9.

As inscrições também estão abertas.


“No último dia, temas livres contemplarão estudos recentes realizados no Brasil de graduandos e pós-graduandos. Além disso, reuniremos os palestrantes internacionais para fazer um debate, com o intuito de compreender a perspectiva da Neurogenética daqui a cinco, dez anos”, comenta Sarah Teixeira Camargos, presidente do II Congresso Brasileiro de Neurogenética e coordenadora do Departamento Científico de Neurogenética da ABN.

“A Neurologia é uma especialidade que no passado não tinha o alcance terapêutico que tem hoje. Isso depende e está dependendo, em grande parte, dos avanços em Neurogenética. Assim, a Neurogenética e a Neuroimunologia são duas áreas que têm crescido muito nos últimos anos, com novos conhecimentos, fármacos e terapias. Para nós, o respaldo a este evento é integral”, destacou o professor titular de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenador científico da Academia, Ricardo Nitrini.


Recordes constantes


Em 2016, houve o I Encontro de Neurogenética, na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), com a participação de quase 300 pessoas, superando as expectativas da organização. Dada a repercussão, surgiu a ideia de realizar a primeira edição do Congresso Brasileiro de Neurogenética, que aconteceu em 2018. Mais uma vez, a resposta foi extraordinária: 700 congressistas.


“Não é apenas o número de pessoas que nos surpreende, mas o choque de gerações, alunos, residentes, pós-graduandos e professores mais jovens, experientes e internacionais. Uma interação muito grande entre essas gerações fez a diferença do Congresso”, resume o neurologista José Luiz Pedroso, membro da Comissão Organizadora e presidente do I Congresso Brasileiro de Neurogenética.


Segundo Pedroso, nesta segunda edição, a união entre o desenvolvimento científico e o meio acadêmico é imprescindível, e o papel dos patrocinadores e laboratórios torna-se relevante no propósito de incentivar pesquisas na área. “É importante que saibamos aproveitar o momento, já temos quase 30 anos do início do projeto genoma. O resultado disso é a grande quantidade de novos genes descobertos, de doenças raras que não tinham um diagnóstico e a resposta que podemos dar hoje às famílias.”


Doenças raras


“Quando abordamos Neurogenética ou Genética, falamos de doenças raras. Há oito mil tipos diferentes delas, sendo a maioria relacionada à condição infantil”, explica o neurologista Jonas Saute, também da Comissão organizadora do II CBN. Em torno de 90% das doenças genéticas afetam crianças; 10% atingem adultos e têm relevância epidemiológica.


Saute acredita que a porcentagem menor corresponde de igual maneira à maior, porque são doenças que afetam pessoas em razão dos mecanismos de heranças. “Em oncogenética, uma em cada 400 pessoas tem mutação em genes associados ao câncer de mama hereditário. Isso é uma única doença que alcança um número gigante de pessoas”, exemplifica.


Por isso, a Comissão Organizadora, ao discutir os temas, contemplou enfermidades que afetam crianças e adultos. “Na prática clínica, tivemos uma mudança com a questão do sequenciamento de nova geração, painéis de genes, exoma e genoma”, acrescenta.

Por fim, ele afirma que talvez este seja o momento de discutir a fronteira do conhecimento, os dilemas éticos, o diagnóstico e o tratamento específico. “Estamos vivenciando um aumento importante do diagnóstico e da terapia, realmente é algo extremamente motivador, além de lidarmos com tecnologias disruptivas. Precisamos estar atentos a todos os desafios éticos e os que implicam praticar a Neurogenética no sistema público e privado de Saúde do País”, conclui.

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