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Erenumabe no rol da ANS: nova chance para pacientes com enxaqueca


Departamento Científico de Cefaleia da ABN convida neurologistas e toda a sociedade a contribuírem em Consulta Pública da ANS para incorporação da terapia imunobiológica Erenumabe na lista de cobertura obrigatória



Em março de 2018, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro tratamento preventivo específico para enxaqueca no Brasil: o erenumabe, comercialmente conhecido como PasurtaTM. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), porém, deu parecer preliminar desfavorável à incorporação no rol de procedimentos, sub a justitficativa de falta de evidências.


A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) vai contra a decisão e sugere a ampliação da cobertura do erenumabe na rede suplementar, tendo em vista os resultados promissores obtidos com a terapia.


Pesquisa realizada pelo King’s College, de Londres, aponta que pacientes que utilizaram o erenumabe por quatro meses tiveram redução do número de crises pela metade. Os voluntários que participaram do estudo sofriam com dores de cabeça, em média, oito vezes ao mês. No que diz respeito a qualidade de vida da população, o medicamento é peça-chave para essa melhora.


Após aplicação subcutânea mensal, o remédio bloqueia a ação das moléculas CGRP, envolvidas no processo inflamatório que ocasiona os desconfortos da enxaqueca.


“O erenumabe é aprovado tanto para enxaqueca crônica quanto episódica. Ele tem se mostrado eficaz nos dois tipos de dor, além de ser bastante seguro em relação aos efeitos colaterais”, acrescenta Marcelo Ciciarelli, coordenador do Departamento Científico de Cefaleia da ABN. Os efeitos são semelhantes ao do placebo e estão ligados ao modo de aplicação – podendo causar apenas pontos de vermelhidão e desconforto na pele.


“Esse é um aspecto importante, porque reduz muito a desistência ao tratamento. As opções disponíveis atualmente podem resultar em reações adversas intensas e perca da eficácia ao longo da realização. Precisamos de alternativas eficazes que favoreçam médicos e pacientes”, pontua Ciciarelli.


Hoje, a adesão aos medicamentos profiláticos continua sendo um importante desafio ao tratamento da enxaqueca, sendo que os principais motivos para a descontinuação dessas terapias são falta de eficácia e baixa tolerabilidade. Quando comparado com o topiramato, por exemplo, o enerumabe alcançou superioridade estatisticamente significativa nos endpoints primário e secundário principal.


É por isso que a ABN sugeriu a incorporação do erenumabe nos procedimentos cobertos pela rede suplementar de saúde durante Consulta Pública N° 81 da ANS. “Convidamos a todos os neurologistas, pacientes de enxaqueca e à população em geral que participem da consulta a fim de ajudar na aprovação e inclusão do medicamento no rol”, diz o especialista.


O erenumabe já é aprovado pela Anvisa e utilizado nacionalmente, mas a sua incorporação na lista de cobertura obrigatório dos convênios médicos ampliaria significantemente o número de pessoas beneficiadas pelo medicamento, além de oferecer mais uma possibilidade terapêutica aos neurologistas do país.



Como posso ajudar?


A consulta pública vai até 21 de novembro (sábado). Para fortalecer o pedido de incorporação do erenumabe no rol da ANS, é fácil. Confira:


2. Desça a página até encontrar a seção “Envie seu comentário”.

3. No campo “Recomendação Preliminar”, busque por “209_ERENUMABE_ENXAQUECA”.

4. No campo “Opinião”, selecione a alternativa “Discordo da recomendação preliminar“. OBS: Lembre-se que a recomendação preliminar é de NÃO incorporação.

5. Faça sua justificativa em até 4 mil caracteres.

6. Para incluir comentários, basta clicar em +Incluir Comentário, que abrirá uma nova caixa de texto. Você pode fazer mais de um comentário, com até 4 mil caracteres cada.

7. Para finalizar, clique em “Continuar”.

8. O próximo passo é inserir seus dados e clicar em “Enviar”.

9. Pronto, a sua contribuição está feita!

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