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Parkinson pode ser detectado com um simples exame ocular, sugere pesquisa



A doença de Parkinson é um problema de saúde degenerativo do sistema nervoso central, que também é crônico e progressivo. Ocorre devido a uma diminuição de um neurotransmissor (dopamina) que ajuda a realizar os movimentos voluntários do corpo. Por isso, quem tem Parkinson costuma ter tremores nos membros superiores, rigidez muscular e também desequilíbrio.


Esses sintomas contribuem para um diagnóstico da doença. Mas, de acordo com uma pesquisa apresentada na reunião anual da Radiological Society of North America (RSNA), um exame oftalmológico acompanhado de técnicas de inteligência artificial podem detectar precocemente a doença.



Como o estudo foi feito


Conforme ocorre uma progressão da doença, há uma deterioração das células nervosas que dilui as paredes da retina —a camada de tecido que reveste a parte posterior do globo ocular. A doença também afeta os vasos sanguíneos da retina.


Por isso, usando técnicas de inteligência artificial, os pesquisadores examinaram as imagens dos olhos e averiguaram se havia sinais da doença de Parkinson. Os resultados da pesquisa mostram que a doença pode ser identificada com base nas mudanças na retina.


Os pesquisadores acreditam que alterações na fisiologia do cérebro podem ser observadas por meio dos olhos.



Por que a pesquisa é importante?


"A descoberta mais importante deste estudo foi que uma doença cerebral foi diagnosticada com uma imagem simples do olho. O diagnóstico pode ser feito em menos de um minuto e o custo do equipamento é muito menor em relação a uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética", explica Maximillian Diaz, autor do estudo.


De acordo com o pesquisador, essa triagem simples é uma forma de detectar mais casos precocemente, o que pode ajudar a entender melhor a doença e encontrar uma cura ou uma forma de retardar a progressão do Parkinson.


"A abordagem também pode contribuir na identificação de outras doenças que afetam a estrutura do cérebro, como ocorre com o Alzheimer e a esclerose múltipla", completa Diaz.


Fonte: UOL Viva Bem

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