O número de pessoas mais velhas, incluindo aquelas que vivem com demência, está aumentando, à medida que a mortalidade entre os jovens diminui. No entanto, a incidência de demência específica para a idade caiu em muitos países, provavelmente devido a melhorias na educação, nutrição, cuidados de saúde e mudanças no estilo de vida.
No geral, um crescente corpo de evidências apoia os nove fatores de risco potencialmente modificáveis para demência modelados em 2017 Lancet sobre prevenção, intervenção e cuidado da demência: menor nível educacional, hipertensão, deficiência auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, sedentarismo, diabetes e baixo contato social.
Agora adicionamos mais três fatores de risco para demência com evidências mais novas e convincentes. Esses fatores são consumo excessivo de álcool, lesão cerebral traumática e poluição do ar. Concluímos novas revisões e metanálises e as incorporamos em um modelo de curso de vida de 12 fatores de risco atualizado para a prevenção da demência.
Juntos, os 12 fatores de risco modificáveis respondem por cerca de 40% das demências em todo o mundo, que, consequentemente, poderiam teoricamente ser evitadas ou retardadas. O potencial de prevenção é alto e pode ser maior em países de baixa e média renda (LMIC), onde ocorrem mais demências.
Nosso novo modelo de curso de vida e síntese de evidências tem implicações de política mundial fundamentais. Nunca é muito cedo nem muito tarde no curso de vida para a prevenção da demência. Riscos na à faixa de menos de 45 anos, como formação escolar insuficiente, afetam a reserva cognitiva. Fatores de risco na meia-idade (45-65 anos) e na velhice (mais de 65 anos) influenciam a reserva e o desencadeamento de desenvolvimentos neuropatológicos.
Cultura, pobreza e desigualdade são os principais motores da necessidade de mudança. Os indivíduos mais carentes são os que mais precisam dessas mudanças e obterão os maiores benefícios. Veja mais em https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S0140-6736%2820%2930367-6